A dupla jornada está sendo utilizada cada vez mais no cotidiano de estudantes que transacionam da vida jovem para a adulta e durante esse percurso precisam assumir duas importantes ocupações: estudar e trabalhar.
Este artigo busca identificar os desafios da conciliação de atividades pelos estudantes, suas características e o processo de aprendizagem nessa dupla rotina.
Por que estudar e trabalhar ao mesmo tempo?
A competição no mercado de trabalho exige atenção aos estudos e justifica a busca por qualificação acadêmica superior.
Segundo a Pnad-IBGE, de 2016 a 2019, houve um aumento de 144 mil jovens que estudam e trabalham, elevando a taxa de 45,4% para 48,3%.
Dupla jornada e instituições privas:
A dupla jornada é tipicamente presente em instituições privadas.
A taxa de estudantes que cursam o ensino superior em faculdades privadas e trabalham simultaneamente é de 58,3%, enquanto os estudantes/trabalhadores de universidades públicas representam 36,7%. (IDADOS, 2020)
Ingressar em uma faculdade privada demanda gastos, levando os estudantes a adotarem uma dupla jornada para financiar seus estudos e obter uma formação superior. Essa escolha requer aptidão física e mental, juntamente com um planejamento e organização de horários.
Desafios cotidianos:
Podemos compreender que, uma rotina sobrecarregada é prejudicial para a saúde física e o desenvolvimento profissional/acadêmico. A dupla jornada degrada o tempo que o discente dedica as suas responsabilidades de estudo, reduzindo o desempenho devido indisposição após o dia-a-dia cansativo.
Outro fator que desfavorece a rotina dos estudantes/trabalhadores é sua deslocação, isso porque, em alguns casos, o trabalho e a universidade ficam em áreas distintas e exige do estudante um encargo de deslocamento entre suas ocupações, o que também exige gastos por parte do estudante.
Acesso a vagas nas universidades públicas:
As limitadas vagas e a grande concorrência para ingressar em instituições públicas induzem muitos estudantes a optarem por faculdades privadas, equivalendo a 75,42% (6.373.274 em números absolutos) dos estudantes de ensino superior no Brasil. Contudo, destes 6.373.274, apenas 1.004.986 conseguem concluir sua formação, pois a maioria abandona a vida acadêmica por falta de recursos financeiros (ABRES, 2020).
Embora, o acesso a instituições públicas tenha sido democratizado nos últimos anos, ainda é necessário abranger a quantidade de vagas, visto que, grande parte de estudantes que trabalham e estudam simultaneamente estão nesta dupla jornada para custear suas mensalidades em redes de ensino privado.
Em suma, após exposição das características e desafios vivenciados por estudantes/trabalhadores, é evidente identificar a necessidade de projetos pedagógicos que promovam o desenvolvimento estudantil de discentes que trabalham, para ser possível um melhor aproveitamento de seu processo de aprendizagem.
Obrigada por ler até aqui, desejamos sucesso em sua vida acadêmica e profissional, continue nos acompanhando para mais conteúdos como este. Até breve!
Fonte: Idados
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